sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Seminário “Desenvolvimento Sustentável em Espaço Rural”

SINAGA apresenta vantagens da produção de beterraba aos agricultores faialenses

Na manhã da passada terça-feira cerca de duas dezenas de agricultores faialenses estiveram no Hotel Fayal a assistir ao Seminário “Desenvolvimento Sustentável em Espaço Rural”, onde responsáveis da empresa faialense SINAGA apresentaram as características, vantagens e desvantagens do cultivo da beterraba sacarina, como uma opção de desenvolvimento sustentável em espaço rural.

A abertura do seminário esteve a cargo do presidente da Câmara Municipal da Horta, João Castro, que alertou para a necessidade de explorar novas oportunidades no sector primário, essencialmente potenciando os nossos recursos endógenos que, segundo o autarca, podem permitir “novas áreas de investimento”. João Castro reconheceu o actual cenário de crise, mas deixou uma mensagem de optimismo, frisando que “tempos de crise são tempos de oportunidade”.

João Tavares Nogueira, representante da SINAGA, abordou o historial da empresa, actualmente com uma quota de produção de beterraba de 10.000 toneladas. De seguida, Marília Viveiros falou das oportunidades relacionadas com esta cultura, enumerando as suas condições para o próximo ano de 2010. Segundo esta engenheira agrária, a beterraba é uma cultura bastante sensível, que requer alguns cuidados especiais, no entanto os Açores oferecem condições bastante atractivas ao seu cultivo, e existe toda uma série de incentivos, quer comunitários quer regionais. Marília Viveiros garantiu um permanente acompanhamento técnico das culturas por parte da SINAGA. Além disso, o fornecimento das sementes é gratuito, graças a um apoio do Governo Regional, e os produtos agro-químicos, que correspondem a um dos principais gastos no que diz respeito a esta cultura, podem ser fornecidos a crédito. Marília Viveiros chamou ainda a atenção para o aumento dos preços do produto, bem como do subsídio de Bruxelas, que deixou de ser de 1000€ por hectare, para passar a ser de 1300€.

A finalizar as intervenções, o director regional do Desenvolvimento Agrário, Joaquim Pires, falou do potencial estratégico da Região para um desenvolvimento rural sustentável, assente essencialmente nas características únicas do ambiente, do território e da agricultura dos Açores.

Às intervenções seguiu-se um debate entre os participantes sobre as questões levantadas.

Esta Seminário resultou de uma iniciativa conjunta da Câmara do Comércio e Indústria da Horta, da autarquia faialense e da Direcção Regional do Desenvolvimento Agrário.

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