sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Câmara e Assembleia Municipal tomaram posse na tarde de ontem

Renato Leal renuncia ao cargo de deputado municipal

Na tarde de ontem o Salão Nobre do edifício dos Paços do Concelho encheu-se para a cerimónia de tomada de posse da nova constituição da Câmara Municipal da Horta, bem como da Assembleia Municipal.
Sem surpresas, Jorge Costa Pereira foi eleito presidente da Mesa da Assembleia Municipal. Renato Leal, cabeça-de-lista socialista ao mesmo órgão, renunciou ao cargo de deputado municipal, não tendo marcado presença na cerimónia.

Após a leitura da acta de instalação da Câmara Municipal, João Castro, José Leonardo Silva e Rui Santos, pelo PS, e Paulo Oliveira, Fernando Guerra e Rosa Dart, pelo PSD, assinaram o documento. A vereadora socialista Alzira Silva não estava presente na cerimónia.
Na Assembleia Municipal, todos os deputados eleitos ocuparam os seus lugares, à excepção de Renato Leal, primeiro candidato da lista socialista, que renunciou ao cargo. Esta renúncia permitiu que Bruno Frias Leonardo subisse, passando a integrar a bancada rosa na Assembleia Municipal.
Jorge Gonçalves, na qualidade de presidente cessante da Assembleia Municipal, presidiu ainda à cerimónia de tomada de posse. As palavras finais do líder da AM nos últimos três mandatos foram no sentido de expressar a “honra” que sentiu ao dar posse ao novo elenco autárquico no Faial. Jorge Gonçalves deixou ainda uma mensagem à maioria socialista na Câmara Municipal, apelando a uma abertura ao diálogo, bem como aos novos deputados municipais, incitando-os a colocar a importância do Faial acima dos interesses partidários.
João Castro, reeleito nos comandos da Câmara Municipal, desta feita dispondo de maioria absoluta, congratulou-se pelo trabalho desempenhado no anterior mandato, agradecendo o apoio de todos quanto nele participaram. Para o socialista, a reconstrução e a entrada de um novo quadro comunitário foram algumas referências dos últimos quatro anos, que constituíram um ciclo que agora chega ao fim, para se dar início a outro. Neste novo ciclo, o autarca referiu os vários desafios que se colocam, e prometeu um mandato centrado nas pessoas.
Analisando os resultados eleitorais, João Castro frisou que “em democracia as pessoas nunca se enganam”. “Os faialenses sempre souberam o que queriam para o Concelho”, acrescentou, salientando por um lado a forte participação eleitoral que caracterizou o sufrágio do dia 11 de Outubro, e por outro o que considerou ter sido uma intenção dos faialenses em marcar uma diferenciação na Assembleia Municipal e na Câmara, preferindo a lista laranja para a primeira e a lista socialista para a segunda. Dizendo que “chegou a hora do trabalho”, João Castro mostrou-se disponível ao diálogo e à colaboração em função dos interesses dos faialenses.
O presidente da Câmara Municipal anunciou a primeira reunião do órgão para a próxima quarta-feira.


Jorge Costa Pereira é o novo presidente da Assembleia Municipal

De seguida deu-se a primeira reunião da Assembleia Municipal, que serviu para eleger o presidente da mesa, bem como os secretários. A grande maioria dos deputados decidiu ouvir a vontade popular expressa nas eleições, tendo sido apresentada uma lista subscrita pelas três forças políticas representadas na AM, que indicava para presidente o social-democrata Jorge Costa Pereira, para primeiro-secretário o socialista Guilherme Sousa e para segundo-secretário a social-democrata Cristina Rosa.
A lista foi sufragada mediante votação secreta, tendo sido aprovada com 29 votos a favor, três brancos e uma abstenção.

Após a votação o novo líder da Assembleia Municipal usou da palavra para lembrar que o trabalho daquele órgão deliberativo ao longo dos próximos quatro anos deverá, acima de tudo, fazer-se para bem dos faialenses. “São os faialenses aquilo que nos une”, frisou.
De seguida, Manuel Goulart, pelo PS, interveio para subscrever as palavras do presidente da AM. Do lado dos social-democratas, coube a Laurénio Tavares fazer a primeira intervenção neste novo mandato, enquanto que pelos comunistas foi Mário Frayão a intervir, numa sessão que ficou marcada também pela ausência de Luís Bruno.


FOTO: SUSANA GARCIA

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