PSD tem “visão restrita” da sociedade
Na passada terça-feira arrancou oficialmente a campanha para as eleições autárquicas, e os comunistas escolheram precisamente o primeiro dia de campanha para o jantar de apresentação das suas listas no Faial. Mais de cem militantes e simpatizantes reuniram-se no restaurante Ocidental, para ouvir um José Decq Mota cáustico e inflamado, que não poupou críticas à oposição.
Para o candidato, a CDU vai a votos “em pé de igualdade” com PS e PSD, e alertou para a importância da votação essencial continuar a ser dividida por três partidos e não apenas por dois.
Apontando baterias aos social-democratas, considera que a candidatura liderada por Paulo Oliveira representa uma “aliança” entre o PSD e antigos dirigente da Câmara do Comércio e Indústria da Horta que, na sua óptica, se serviram dessa condição para fazer oposição à maioria plural formada por PS e CDU na Câmara Municipal. Decq Mota utilizou o termo “terrorismo político” para se referir a essa oposição, curiosamente o mesmo termo utilizado por João Castro numa entrevista recente ao jornal Incentivo.
O comunista acusou ainda a candidatura do PSD de ter uma “visão restrita da sociedade”, centrada em “interesses de classe”.
Quanto a resultados eleitorais, Decq Mota destacou a confiança na “qualidade” da sua equipa, e está optimista de que “a CDU não vai descer, como alguns andam a anunciar”, alertando o eleitorado de que dar a maioria ao PS ou ao PSD representa um “retrocesso político”.
“Cumprimos na defesa intransigente dos interesses do Faial”
Antes da intervenção de Decq Mota, coube a Luís Bruno, primeiro candidato à Assembleia Municipal, fazer o balanço da participação comunista naquele órgão nos últimos quatro anos. Salientando alguns dos momentos em que a CDU teve um papel mais importante na AM, Luís Bruno lembrou que o Saneamento Básico foi “aprovado apenas graças à maioria plural”. Luís Bruno congratulou-se ainda com a instituição da Derrama, que entende ter sido “positiva como fonte de rendimentos do município”.
O candidato aproveitou para salientar o que entende ser uma “profunda renovação” nas listas comunistas, com mais jovens e mais mulheres, e destacou a saudável colaboração entre o PCP e os Verdes, com candidatos deste último partido em posições elegíveis, como é o caso de Petra Besugo, que corre em terceiro lugar à AM.
CDU quer justiça social e equilíbrio na política da autarquia
Foi na véspera do início da campanha que a CDU apresentou o Programa Municipal, sob o lema “novos rumos para o Faial”. Na ocasião, José Decq Mota recordou a vitória de 2005, quando os faialenses retiraram a maioria absoluta ao PS e concederam dois vereadores à CDU, assim como quatro lugares na Assembleia Municipal.
O candidato aproveitou para considerar que o acordo pós-eleitoral com o PS foi “extremamente útil para o Faial”, apesar das críticas. Decq Mota explicou que se apresenta como primeiro candidato à CMH e não como candidato à presidência não por não se sentir capaz de ser presidente da autarquia mas porque quer deixar claro que, caso não vença as eleições, exercerá quaisquer funções para que seja eleito. “Eu não desapareço”, disse, acrescentando que a sua forma de estar na política não procura “posições ou mordomias”, e frisando a experiência de que já dispõe no que diz respeito aos problemas do concelho.
Quanto ao programa, a CDU defende mais desenvolvimento no Faial, num contexto de cooperação no Triângulo e no todo regional, bem como uma autarquia mais dialogante. Lembrando que um “desenvolvimento autêntico” passa pelo equilíbrio e pela justiça social, Decq Mota remeteu para o trabalho desenvolvido na autarquia nesse âmbito, pela vereadora comunista Maria do Céu Brito. Esta quis lembrar a sua acção na área da cultura, frisando a necessidade de continuar a “investir nas produções locais”.
Das propostas comunistas, Decq Mota destacou a urgência em avançar com o Saneamento Básico e com a construção da nova rede de distribuição de água da cidade, bem como com a Célula de Aterro Sanitário da Fajã e o Pavilhão Desportivo Coberto dos Cedros. Além disso, considera vital acelerar a recuperação da rede viária municipal e melhorar a relação município/munícipe.
No documento, os comunistas abordam a Derrama, cuja manutenção defendem, apesar de assumirem a possibilidade de baixar a taxa de incidência.
Os comunistas querem mais atenção às freguesias, que passa pelo melhoramento dos transportes colectivos e da rede viária rural. Apostam na continuidade da delegação de competências e defendem que a Câmara deve também reunir nas localidades rurais.
A CDU quer assegurar uma intervenção na Avenida 25 de Abril já no próximo mandato. Diminuir o estacionamento naquele local, desviar o trânsito pesado para a variante e incentivar a criação de quiosques e esplanadas são algumas das medidas propostas. Defendem ainda a criação de dois parques de estacionamento pagos e parquímetros na zona histórica da cidade. Continuar a política de habitação social e a custos controlados é outro objectivo, bem como a recuperação do património.
Na área social, destaque para o alargamento do projecto Comunidade Viva à Conceição e a Castelo Branco, enquanto no desporto, entre outras medidas, os comunistas defendem a adequação dos campos sintéticos de futebol às medidas exigidas para competições nacionais.
A reactivação das Termas do Varadouro, a ampliação da pista do Aeroporto e a manutenção da Estação da Rádio Naval são reivindicações que se propõem fazer junto do Governo Regional.
A CDU condena ainda o funcionamento das empresas municipais, com destaque para a Hortaludus, que entendem dever ser transformada em três Entidades Empresariais Municipais, para uma gestão distinta do Teatro Faialense, das Piscinas e do Parque de Campismo, e do Centro Hípico.
Na passada terça-feira arrancou oficialmente a campanha para as eleições autárquicas, e os comunistas escolheram precisamente o primeiro dia de campanha para o jantar de apresentação das suas listas no Faial. Mais de cem militantes e simpatizantes reuniram-se no restaurante Ocidental, para ouvir um José Decq Mota cáustico e inflamado, que não poupou críticas à oposição.
Para o candidato, a CDU vai a votos “em pé de igualdade” com PS e PSD, e alertou para a importância da votação essencial continuar a ser dividida por três partidos e não apenas por dois.
Apontando baterias aos social-democratas, considera que a candidatura liderada por Paulo Oliveira representa uma “aliança” entre o PSD e antigos dirigente da Câmara do Comércio e Indústria da Horta que, na sua óptica, se serviram dessa condição para fazer oposição à maioria plural formada por PS e CDU na Câmara Municipal. Decq Mota utilizou o termo “terrorismo político” para se referir a essa oposição, curiosamente o mesmo termo utilizado por João Castro numa entrevista recente ao jornal Incentivo.
O comunista acusou ainda a candidatura do PSD de ter uma “visão restrita da sociedade”, centrada em “interesses de classe”.
Quanto a resultados eleitorais, Decq Mota destacou a confiança na “qualidade” da sua equipa, e está optimista de que “a CDU não vai descer, como alguns andam a anunciar”, alertando o eleitorado de que dar a maioria ao PS ou ao PSD representa um “retrocesso político”.
“Cumprimos na defesa intransigente dos interesses do Faial”
Antes da intervenção de Decq Mota, coube a Luís Bruno, primeiro candidato à Assembleia Municipal, fazer o balanço da participação comunista naquele órgão nos últimos quatro anos. Salientando alguns dos momentos em que a CDU teve um papel mais importante na AM, Luís Bruno lembrou que o Saneamento Básico foi “aprovado apenas graças à maioria plural”. Luís Bruno congratulou-se ainda com a instituição da Derrama, que entende ter sido “positiva como fonte de rendimentos do município”.
O candidato aproveitou para salientar o que entende ser uma “profunda renovação” nas listas comunistas, com mais jovens e mais mulheres, e destacou a saudável colaboração entre o PCP e os Verdes, com candidatos deste último partido em posições elegíveis, como é o caso de Petra Besugo, que corre em terceiro lugar à AM.
CDU quer justiça social e equilíbrio na política da autarquia
Foi na véspera do início da campanha que a CDU apresentou o Programa Municipal, sob o lema “novos rumos para o Faial”. Na ocasião, José Decq Mota recordou a vitória de 2005, quando os faialenses retiraram a maioria absoluta ao PS e concederam dois vereadores à CDU, assim como quatro lugares na Assembleia Municipal.
O candidato aproveitou para considerar que o acordo pós-eleitoral com o PS foi “extremamente útil para o Faial”, apesar das críticas. Decq Mota explicou que se apresenta como primeiro candidato à CMH e não como candidato à presidência não por não se sentir capaz de ser presidente da autarquia mas porque quer deixar claro que, caso não vença as eleições, exercerá quaisquer funções para que seja eleito. “Eu não desapareço”, disse, acrescentando que a sua forma de estar na política não procura “posições ou mordomias”, e frisando a experiência de que já dispõe no que diz respeito aos problemas do concelho.
Quanto ao programa, a CDU defende mais desenvolvimento no Faial, num contexto de cooperação no Triângulo e no todo regional, bem como uma autarquia mais dialogante. Lembrando que um “desenvolvimento autêntico” passa pelo equilíbrio e pela justiça social, Decq Mota remeteu para o trabalho desenvolvido na autarquia nesse âmbito, pela vereadora comunista Maria do Céu Brito. Esta quis lembrar a sua acção na área da cultura, frisando a necessidade de continuar a “investir nas produções locais”.
Das propostas comunistas, Decq Mota destacou a urgência em avançar com o Saneamento Básico e com a construção da nova rede de distribuição de água da cidade, bem como com a Célula de Aterro Sanitário da Fajã e o Pavilhão Desportivo Coberto dos Cedros. Além disso, considera vital acelerar a recuperação da rede viária municipal e melhorar a relação município/munícipe.
No documento, os comunistas abordam a Derrama, cuja manutenção defendem, apesar de assumirem a possibilidade de baixar a taxa de incidência.
Os comunistas querem mais atenção às freguesias, que passa pelo melhoramento dos transportes colectivos e da rede viária rural. Apostam na continuidade da delegação de competências e defendem que a Câmara deve também reunir nas localidades rurais.
A CDU quer assegurar uma intervenção na Avenida 25 de Abril já no próximo mandato. Diminuir o estacionamento naquele local, desviar o trânsito pesado para a variante e incentivar a criação de quiosques e esplanadas são algumas das medidas propostas. Defendem ainda a criação de dois parques de estacionamento pagos e parquímetros na zona histórica da cidade. Continuar a política de habitação social e a custos controlados é outro objectivo, bem como a recuperação do património.
Na área social, destaque para o alargamento do projecto Comunidade Viva à Conceição e a Castelo Branco, enquanto no desporto, entre outras medidas, os comunistas defendem a adequação dos campos sintéticos de futebol às medidas exigidas para competições nacionais.
A reactivação das Termas do Varadouro, a ampliação da pista do Aeroporto e a manutenção da Estação da Rádio Naval são reivindicações que se propõem fazer junto do Governo Regional.
A CDU condena ainda o funcionamento das empresas municipais, com destaque para a Hortaludus, que entendem dever ser transformada em três Entidades Empresariais Municipais, para uma gestão distinta do Teatro Faialense, das Piscinas e do Parque de Campismo, e do Centro Hípico.
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