PSD quer movimento de ideias para preparar legislativas de 2012
Os social-democratas devem tirar lições do ciclo político que agora termina, e começar a preparação para as regionais de 2012. Quem o entende é a líder laranja, Berta Cabral, que esteve na Horta no início da semana, para a primeira reunião da Comissão Política Regional do partido após a derrota nas autárquicas do passado dia 11.
Em conferência de imprensa na manhã de terça-feira, a líder anunciou ainda que o PSD está a preparar “um movimento de participação e de ideias para a afirmação do seu projecto político”, através do Gabinete de Estudos Regional, tarefa que está a cargo do ex-eurodeputado social-democrata Duarte Freitas. Berta Cabral entende que é importante “aproveitar a dinâmica criada nas autárquicas” para gerar um “processo construtivo de debate de ideias”, que será um auxílio poderoso na preparação do programa eleitoral laranja para 2012.
Quanto aos resultados eleitorais das autárquicas, que ditaram a derrota do PSD, Berta Cabral assumiu que o partido “não atingiu os resultados pretendidos”. No entanto, “perder uma batalha não é perder a guerra”, disse, frisando que “cada eleição é uma eleição”.
No passado dia 11 de Outubro deu-se o fechar de um ciclo eleitoral particularmente intenso. Agora, Berta Cabral garante que o PSD “arregaça as mangas para enfrentar e vencer os próximos desafios”.
A postura da líder laranja na última noite eleitoral não agradou a todos os social-democratas, tendo sido levantadas vozes críticas pelo facto de Berta Cabral ter optado por um discurso mais centrado na sua vitória em Ponta Delgada, ao invés de uma análise aos resultados globais no arquipélago, enquanto líder do partido. Agora, cerca de duas semanas depois, a líder vem assumir a derrota e colocar-se do lado de todos os candidatos: “Estou solidária com todos. O esforço que desenvolveram em nome da democracia e ao serviço da sua terra representa uma dinâmica de intervenção que o PSD quer potenciar para o futuro”, entende. Instada a pronunciar-se sobre a possibilidade desta postura de assumpção da derrota chegar com duas semanas de atraso, Berta Cabral entende que o seu discurso de 11 de Outubro esteve à altura da liderança regional do partido, apesar de, dada a proximidade dos acontecimentos, a análise aos resultados não ter sido tão esmiuçada: “na noite eleitoral disse o mesmo que hoje, mas de forma mais sucinta”, esclarece.
Quanto ao facto da sua credibilidade enquanto líder do PSD/Açores poder ter sido abalada por esta derrota eleitoral, Berta Cabral desvaloriza, e remete a decisão para os açorianos nas próximas legislativas regionais, a decorrer daqui a três anos.
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