sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Autárquicas 2009


Renato Leal vai a todas


O candidato do PS à Assembleia Municipal da Horta é também candidato à Assembleia da República pelo círculo eleitoral de fora da Europa


Depois de o diário local ter antecipado o nome de Renato Leal como candidato do PS à presidência da Assembleia Municipal, foi sem surpresas que decorreu o anúncio oficial da candidatura, ao final da manhã da passada quarta-feira.

Coube ao mandatário autárquico do PS, e ainda presidente da Assembleia Municipal, Jorge Gonçalves, apresentar Renato Leal como candidato às funções que ainda ocupa. O mandatário enalteceu as qualidades políticas e pessoais do candidato, e lembrou o seu percurso político.

Presidente da Câmara Municipal da Horta durante quase nove anos, deputado regional e deputado à Assembleia da República, cargo que actualmente desempenha, Renato Leal é, segundo Jorge Gonçalves, “conhecido de todos os faialenses”, e, por sua vez, também ele conhece bem os habitantes desta ilha.

Sobejamente conhecido pela sua eficácia na campanha, Renato Leal assume-se como um trunfo importante para o PS, e Jorge Gonçalves confirmou as elevadas expectativas socialistas em relação ao candidato: “Espero de si uma vitória para o PS”, foram as suas palavras para Renato Leal.


Presidência da AM e cargo de deputado na AR são “compatíveis”

Renato Leal confessou que esta candidatura não fazia parte dos seus planos, no entanto aceitou o convite “imediatamente”. Para tal, segundo disse, contribuíram os anos em que esteve à frente da autarquia e muitas vezes teve de fazer convites semelhantes.

Para o socialista, este é um “desafio diferente”, e ressalvou que não será fácil “honrar o excelente trabalho” de Jorge Gonçalves na Assembleia Municipal. A “capacidade de pôr a ilha à frente do órgão” é a qualidade do actual presidente da AM que Renato mais aprecia, e à qual pretende dar continuidade se for eleito. O candidato deixou a João Castro, que corre por mais um mandato na autarquia, a garantia de cooperação com a Câmara Municipal, mas, principalmente, a certeza de que irá exercer um papel fiscalizador e “de pressão” que preserve os interesses do concelho acima de tudo.

Para estas eleições, a “máquina de fazer votos”, como já lhe chamaram, pretende acima de tudo combater a abstenção, cujos valores no Faial “não são aceitáveis”.

Para além da candidatura à presidência da AM, Renato Leal é também candidato pelo PS às Legislativas Nacionais, concorrendo pelo Círculo Eleitoral de fora da Europa a um lugar na Assembleia da República. Instado a pronunciar-se sobre a possibilidade da conciliação dos dois cargos, Renato Leal desvalorizou as possíveis dificuldades nessa tarefa: “não vejo nenhum problema nisso, tenho vários camaradas que são simultaneamente deputados e presidentes de Assembleias Municipais e levam mais tempo que eu a chegar às suas terras”, disse. Além disso, Renato considera que, com a tecnologia que hoje existe, é possível tratar de uma série de assuntos sem estar presente.


João Castro quer candidatura a pensar nas pessoas

Visivelmente satisfeito com o facto de ter sido possível acrescentar Renato Leal ao arsenal socialista para as eleições de Outubro, o candidato rosa à CMH aproveitou a ocasião para lançar algumas das suas propostas para os próximos quatro anos.

João Castro quer apostar na melhoria da qualidade de vida dos faialenses, e na descentralização da actividade camarária, levando as freguesias a terem um papel mais activo.

Melhorar a rede de equipamentos sociais, continuar a apostar no desenvolvimento tecnológico do concelho e apostar na criação de uma boa rede de equipamentos culturais e desportivos são algumas das propostas socialistas.


Mandatário do PS critica transportes

O silêncio da CMH acerca da recente polémica da contaminação do jet-fuel que ao longo de cerca de duas semanas tem impedido as aeronaves de abastecer no Faial já mereceu críticas da oposição, no entanto, não foi João Castro quem abordou o assunto, mas sim o mandatário autárquico independente. Jorge Gonçalves insurgiu-se contra esta situação, que considera “aberrante e insólita”, e lembrou que, este ano, o transporte aéreo tem servido mal o Faial e é preciso encontrar soluções, e pressionar os responsáveis para que as ponham em prática, como é o caso da ampliação da pista do aeroporto. Também os transportes marítimos mereceram críticas do mandatário, que apresentava esta questão das acessibilidades como um exemplo dos desafios que se põem à Assembleia Municipal. A estes, Jorge Gonçalves acrescentou a possível saída da Rádio Naval do Faial, e a proximidade do centenário da República, na qual a Horta deve ter um papel à altura da sua condição de cidade-berço de Manuel de Arriaga.


FOTO: SUSANA GARCIA

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