sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Novo Governo

4 O X Governo Regional já tomou posse, e todo o processo ficou marcado pela polémica eleição do presidente da Assembleia. Fernando Menezes não gostou de não ter sido escolhido novamente para o cargo, e bateu com a porta, deixando a cadeira de deputado vazia, que depois foi ocupada por Ana Luís. A escolha do terceirense Francisco Coelho para o cargo já era um rumor em plena campanha eleitoral, mas subsistia a esperança que de Menezes "bizasse" na presidência da Assembleia, caso contrário, por que razão teria ele encabeçado a lista socialista no Faial? Como disse - e bem - Luís Garcia, não se convida um general para ser soldado...
Não é de estranhar que Menezes não tenha gostado da despromoção, mas é de condenar a maneira como ele (e não só) manda a vontade dos faialenses que o elegeram como deputado às urtigas. Seria bom que todos os candidatos a deputados se colocassem em tal posição com dignidade para assumir a vontade dos cidadãos eleitores.
Em relação à ausência de faialenses no Governo, e apesar de César dizer o contrário, é claro até para o maior dos ingénuos que isso não traz benefícios nenhuns à nossa ilha. No entanto, as escolhas estão feitas, e cá vamos nós ficando relegados para uma imporância menor num arquipélago onde os centralismos continuam a existir, diga o que se disser.
No entanto nem tudo são espinhos neste arranque de legislatura: O grupo parlamentar socialista - liderado por Hélder Silva - apresentou uma proposta de alteração ao regime de financiamento dos partidos representados no Parlamento, no sentido de cortar as despesas. Numa altura em que a crise paira sobre o mundo como um bicho papão, é bom ver que, por uma vez, os deputados irão dar o exemplo, e "apertar o cinto", como o comum dos mortais. Se bem que o cinto do comum dos mortais já tem os furos encostados à fivela...

8 comentários:

Anónimo disse...

O mal se calhar não é não haver faialenses de secretários no Faial,mas sim não marcarem presença no prórpio Governo.
Por exemplo o Dr. Jorge Gonçalves, faialense, socialista e médico, podia muito bem dar um (e excelente) Secretário da Saúde (e fazer como os outros, ou seja a secretaria está na Terceira e ele a residir no Faial. heim?

Anónimo disse...

Sobre o "emagrecimento" do orçamento da Arena, perdão Assembleia, se querem dar uma de poupança, começem, e já, mas é com o fim das subsvenções vitalícias e os subsídios de reintegração aos deputados. Aí sim é que é um gastar à fartazana! Uma autêntica afronta à dignidade do POVO AÇORIANO!

Anónimo disse...

Sobre a renuncia do Dr Fernando Menezes inicalmente concordaria que ele embora não tivesse sido eleito Presidente da Mesa da Arena, perdão Assembleia, deveria manter-se no cargo de Deputado.
Mas compreendo a atitude dele.
Acho que foi uma afronta não só pessoal mas a todos os faialenses que se prezem.
E aqui Menezes demonstrou duma forma muitoclara que não está apegado ao poder, ao contrário de certos terceiras que desesperavam por este poleiro.
Aquilo que o "sem pescoço" demonstrou foi o pior que a democracia tem - politicos prepotentes. arrogantes e cinicos.
Vade reto satanáz!!!

Anónimo disse...

E lá na noite das eleições aparecem, no pequeno écran, os especialistas do costume a "botar faladura" sobre a abstenção e sua subida inquietante.

Não dá para perceberem - ou não querem - porque ela sobe?

O que acham que o POVO (a essência da demo-cracia) pensa de todos estes jogos politicos partidários?

O POVO está farto de ser lidribiado por estes politicos de gananciosos e sem escrúplos, como o exemplo do "sem pescoço" bem demonstrou!

Bem dizia meu sogro:
- Manel, aquilo deve ser muito bom para eles guerrearem tanto por aquele tacho!

Anónimo disse...

Desculpa Marla que o primeiro post te deveria ter sido endereçado, a dar-te os parabens pela iniciativa e a incentivar-te a continuar.
É mais uma "porta" aberta neste imenso mundo que é a comunicação.
Força e como diz a Marizé, o ponto é começar, o resto vem por acréscimo

Anónimo disse...

Ainda ficou em falta (entre outras coisas) dizer o seguinte:
- A Terceita ganhou mais uma Secretaria Regional e mais duas Direcções Regionais e os seus responsáveis todos terceiras! E ainda colocou o Álamo numa Secretaria no Faial e já detinha, e mantém, a Viçe-Presidência do Governo e também tinha de ter a Presidência da Arena, perdão Assembleia?
Que a altura da queda do "sem pescoço" seja tal, que se afunde mais estes terceiras todos.
Nunca vi tamanha ganância pessoal.
Mas dês nã drome.

Anónimo disse...

E já que o PSD está tão preocupado e até solidário com Menezes - pensam que o POVO é parvo e não se lembra do tempo deles na governação e quase sempre o Presidente da Arena, perdão Assembleia já era terceirence ou micaelense e nessa altura nem piavam tão mais preocupados com os seus tachos e bolsos cheios - se estão mesmo tão preocupados, então o Costa Pereira que não tivesse assumido ser Vice-Presidente!
Como dizia o Barata: "...há homens que eu já vi..."

Nuno Moniz disse...

"No entanto nem tudo são espinhos neste arranque de legislatura" como quem diz.
Não sei como vê a alteração da Lei Orgânica, nomeadamente no que toca aos artigos 36º e 37º mas a verdade é que "a proposta no sentido de cortar as despesas" não é lá muito democrática e em termos de igualdade para todas as forças políticas é uma vergonha.
O bicho papão da crise foi a razão demagógica para seguir com este Projecto. Porque na verdade os deputados que mais irão ter de dar o exemplo são poucos. São à volta de 3.
Eu elaboro.
O PS, PSD e CDS-PP ficam com 83% da subvenção mensal que agora recebem.
O Bloco de Esquerda fica com 50%.
A CDU e o PPM ficam com 25%.

Elaboro ainda mais um pouco, já que tenho pouco para fazer no momento.

Pegando numa das situações, comparando o número de pessoal a que o PS tem e o Bloco de Esquerda têm, há uma situação bastante gira.

Neste momento o PS tem direito 8 pessoas e o Bloco de Esquerda 5.
A parte "bastante gira" é que com o novo projecto o Bloco fica com 2, e vá-se lá adivinhar, o PS fica com 7.

Trata-se de uma questão de justiça e de democracia, coisa que o PS na Assembleia tem vindo a perder e perder e perder, acabando por aos olhos de todos governar à volta do seu próprio umbigo com um grande desrespeito por todos os outros.

É um "apertar de cinto" na Assembleia, mas só para alguns.