quinta-feira, 27 de novembro de 2008

O último vôo do Açor


4Uma das notícias da semana foi o anúncio do fim da carreira de jogador de Pedro Pauleta.
Nascido em 1973, na ilha de São Miguel, Pauleta tem sido um dos maiores embaixadores dos Açores no mundo.
Nunca jogou na primeira divisão portuguesa, mas fez furor por outras paragens, e teve Paris rendido aos seus pés enquanto jogou no Paris Saint-German, clube que representava desde 2003 e onde acabou este ano a sua carreira, e do qual será embaixador.
Ao serviço da selecção nacional, alinhou em 88 partidas, e marcou 47 golos, ultrapassando Eusébio e tornando-se no melhor marcador de sempre na história dos "tugas". Scolari chamou-lhe "matador" na grande área, e os companheiros de equipa sempre elogiaram as suas qualidades técnicas e humanas. Ficou conhecido como "ciclone dos Açores", e a sua imagem de marca depois de "fuzilar" dezenas de guarda-redes com o seu pontapé certeiro era o "vôo do Açor".
Àparte as suas capacidades técnicas de excelência, o homem por detrás do futebolista foi sempre um orgulho para os Açores e para Portugal - e continuará, por certo, a sê-lo - pela integridade e dignidade que sempre soube ter em campo, e fora dele. O seu carácter deveria ser exemplo para muitas jovens "estrelas" do futebol, cuja espetacular capacidade técnica não anula a falta de carácter e de valores, por muito que se possa pensar o contrário.
O açor não voltará a voar no relvado do Parque dos Príncipes, mas Pedro Pauleta certamente continuará a contribuir para o engradecimento do futebol, agora fora das quatro linhas.

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