quinta-feira, 23 de abril de 2009

Autárquicas 2009

PSD com Paulo Oliveira na corrida à Câmara

A expectativa era grande em relação ao candidato do PSD para as eleições autárquicas. As interrogações eram muitas, e a espera fez correr muita tinta, em especulações em relação ao escolhido e em suposições quanto à demora na escolha. Na passada segunda-feira, o mistério foi revelado, e a surpresa correspondeu à antecipação: numa estratégia sem precedentes na história do partido no Faial, os social-democratas apoiam a candidatura do independente Paulo Oliveira à presidência da Câmara Municipal da Horta.
Ao arquitecto e empresário de 47 anos segue-se outro independente na lista do PSD: Fernando Guerra. O anterior presidente da Câmara do Comércio e Indústria da Horta foi um dos nomes mais apontados para liderar a candidatura laranja, no entanto aparece como braço direito de Paulo Oliveira. Em terceiro lugar aparece Rosa Dart, enquanto que o deputado regional Luís Garcia, líder dos social-democratas faialenses, é o quarto da lista.
Sob o mote “Mais Faial”, Paulo Oliveira escolheu a esplanada do Peter Café Sport para dar a conhecer a sua candidatura, e apresentou alguns dos vectores estratégicos da linha de acção que pretende para a sua lista: valorizar as freguesias rurais, procurar uma nova urbanidade para a cidade da Horta, empreender uma política descentralizadora e de proximidade, com enfoque na questão das acessibilidades, e promover a produção local são alguns dos objectivos referidos pelo candidato, que chamou ainda a atenção para a necessidade de serem criadas políticas de incentivo à natalidade, à fixação da população e ao regresso dos jovens.
Conhecido por uma postura bastante crítica e acutilante em relação à realidade local e regional, Paulo Oliveira justifica a sua candidatura com o facto de ser “chegada a hora da sociedade civil e dos faialenses se chegarem à frente e inverterem o rumo que o Faial tem tido”.
Para o candidato, “o Faial não comporta mais um ciclo de quatro anos de adiamento, de espera, de desvio do que é essencial”. Paulo Oliveira condena o que considera ser a “falta de atitude, falta de capacidade e determinação em oferecer aos faialenses” melhorias na qualidade de vida, que tem dominado os últimos 20 anos.
“Temos equipa, temos determinação, e temos, acima de tudo, uma nova atitude, incentivada por um vasto número de cidadãos que nos pediu que avançássemos”, garante.

“Um dia feliz para o PSD do Faial”
Foi desta forma que o presidente da Comissão Política de ilha do PSD se referiu à apresentação da candidatura de Paulo Oliveira. Luís Garcia assume este plano inovador do partido como uma“estratégia aberta, mobilizadora, agregadora, que pudesse conduzir à criação de uma alternativa abrangente para a CMH”.
Garcia entende que a aposta num candidato independente mostra a vontade de sobrepôr “os interesses colectivos a eventuais projectos exclusivamente partidários”.
Esta candidatura assume-se como um “marco histórico” para o partido no Faial, numa altura em que, segundo o líder, “a ilha e o concelho parecem ter parado no tempo”. Luís Garcia frisa que, após auscultar a população faialense, o PSD concluiu que esta quer “uma mudança urgente” quanto aos destinos da ilha.
Fazendo uma referência subtil ao acordo entre PS e CDU que definiu o presente mandato autárquico, Garcia frisou a responsabilidade do PSD enquanto “única verdadeira alternativa ao poder autárquico no Faial”.
O líder dos social-democratas faialenses caracteriza esta candidatura liderada por independentes como um movimento de cidadania, e de resposta aos apelos da sociedade por uma mudança de estratégia para o concelho.

Muitos foram os rumores que surgiram a respeito do candidato social-democrata às autárquicas, e foram apontados vários nomes, em jeito de possibilidade, desde que o autarca socialista João Castro anunciou a sua recandidatura. Eugénio Leal foi um dos nomes mais falados, assim como Luís Garcia, deputado regional e líder dos social-democratas faialenses. Um dos nomes mais referido nas inúmeras especulações que antecederam o anúncio do candidato foi o do anterior presidente da Câmara do Comércio e Indústria da Horta, Fernando Guerra, apontado várias vezes na praça pública como o mais desejado na corrida laranja para pôr fim ao domínio socialista na Câmara da Horta. Guerra aparece como braço direito de Paulo Oliveira nesta corrida.

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