Único programa para jovens em risco no Faial corre o risco de fechar a porta
A funcionar desde 1 de Dezembro de 2006, o Projecto Veredas é o único programa para jovens em risco na ilha do Faial. Gerido pela Associação de Pais e Amigos dos Deficientes da Ilha do Faial, o projecto Veredas surgiu integrado no Programa Escolhas, de âmbito nacional, e destina-se a jovens entre os 14 e os 18 anos. Tem por objectivos, entre outras coisas, promover o sucesso escolar, prevenir comportamentos de risco e combater a infoexclusão de jovens desfavorecidos.
O Veredas surgiu como um projecto pioneiro que criou raízes na comunidade faialense e, três anos depois, já ajudou cerca de 150 jovens. Agora, com o programa Escolhas a chegar ao fim, corre o risco de ser encerrado por falta de financiamento.
O financiamento do Projecto Veredas, integrado no Programa Escolhas, termina no dia 30 de Novembro. Se não surgir uma alternativa que garanta a sustentabilidade do Veredas, o projecto vê-se obrigado a fechar portas, já que a APADIF, sendo uma instituição sem fins lucrativos, não possui condições para, por si só, suportar os custos da sua manutenção.
A coordenadora do Projecto, Glória Neves, destaca a necessidade que o Faial tem da sua continuidade, dado que é o único na ilha que intervém com jovens. “Durante estes três anos temo-nos deparado com algumas situações complicadas, como absentismo e abandono escolar, comportamentos de risco, toxicodependência…”, exemplifica.
O trabalho do Projecto Veredas não é solitário. Desenvolve-se também em parceria com uma série de instituições, como as escolas, o Instituto de Acção Social ou a Comissão de Protecção de Crianças e Jovens. Estas encaminham por vezes os jovens para o Projecto Veredas ao mesmo tempo que, por outro lado, o Projecto vai transmitindo às instituições informações sobre os jovens junto de quem trabalha.
O Projecto Veredas faz parte da Rede Regional de Centros de Desenvolvimento e Inclusão Juvenil e, como nos explicou Glória, por ele já passaram pelo menos 150 jovens. Diariamente, as várias actividades disponibilizadas recebem entre 20 a 30 utentes. Glória salienta ainda o trabalho de apoio às famílias, que também é feito pelo Veredas.
Para motivar os jovens e mantê-los longe dos comportamentos de risco, o Veredas organiza vários ateliês, entre os quais de desporto, saúde, artes plásticas e dramáticas, entre outros. Em colaboração com a escola, o Projecto acompanha também os estudos dos jovens.
Em três anos, foi possível aos seus responsáveis criar uma relação de cumplicidade e confiança com os jovens, e também com as famílias, como refere Glória: “Os próprios pais já nos procuram para saber como estão os filhos. Há todo um relacionamento que já foi criado entre o projecto e as pessoas junto de quem ele intervém, com base na confiança, que é pena se agora se quebrar”, diz.
Com a extinção do Programa Escolhas, a única forma de garantir a continuidade do Projecto Veredas é encontrar outra fonte de financiamento. Neste momento, os responsáveis pelo projecto estão a tentar angariar apoios de modo a criar um Centro de Desenvolvimento e Inclusão Juvenil que continue o trabalho que o Veredas tem desenvolvido até agora.
Glória Neves já reuniu com a directora regional da Solidariedade e Segurança Social, Isabel Berbereia, que se terá mostrado disponível para apoiar o projecto. No entanto a Direcção regional da Solidariedade e Segurança Social não pode garantir sozinho o financiamento.
Tendo isso em conta, os responsáveis pelo Veredas estão a contactar outras direcções regionais a solicitar apoios para garantir a continuidade do trabalho do projecto em 2010.
Para assegurar o funcionamento do Veredas durante o mês de Dezembro, foi proposto um acordo de cooperação com o Instituto de Acção Social, no entanto a APADIF ainda não obteve resposta.
Também o vereador da Câmara Municipal da Horta Rui Santos foi contactado para que a autarquia colabore no sentido de se encontrar uma solução. Os responsáveis pelo Veredas deram-lhe a conhecer o plano de actividades devidamente orçamentado para 2010.
Neste momento, um dos encargos mais pesados relacionados com o Veredas é a renda do espaço ocupado. Se a autarquia disponibilizar um local para acolher o Centro de Desenvolvimento e Inclusão Juvenil, isso representaria já um passo no caminho da continuidade do trabalho desenvolvido no Faial com jovens em risco.
Para além da lacuna que o fim do Projecto Veredas deixaria na ilha em termos de apoio e acompanhamento de jovens em risco, representa ainda a extinção dos postos de trabalho para uma educadora social, dois animadores socioculturais e um monitor de informática.
A funcionar desde 1 de Dezembro de 2006, o Projecto Veredas é o único programa para jovens em risco na ilha do Faial. Gerido pela Associação de Pais e Amigos dos Deficientes da Ilha do Faial, o projecto Veredas surgiu integrado no Programa Escolhas, de âmbito nacional, e destina-se a jovens entre os 14 e os 18 anos. Tem por objectivos, entre outras coisas, promover o sucesso escolar, prevenir comportamentos de risco e combater a infoexclusão de jovens desfavorecidos.
O Veredas surgiu como um projecto pioneiro que criou raízes na comunidade faialense e, três anos depois, já ajudou cerca de 150 jovens. Agora, com o programa Escolhas a chegar ao fim, corre o risco de ser encerrado por falta de financiamento.
O financiamento do Projecto Veredas, integrado no Programa Escolhas, termina no dia 30 de Novembro. Se não surgir uma alternativa que garanta a sustentabilidade do Veredas, o projecto vê-se obrigado a fechar portas, já que a APADIF, sendo uma instituição sem fins lucrativos, não possui condições para, por si só, suportar os custos da sua manutenção.
A coordenadora do Projecto, Glória Neves, destaca a necessidade que o Faial tem da sua continuidade, dado que é o único na ilha que intervém com jovens. “Durante estes três anos temo-nos deparado com algumas situações complicadas, como absentismo e abandono escolar, comportamentos de risco, toxicodependência…”, exemplifica.
O trabalho do Projecto Veredas não é solitário. Desenvolve-se também em parceria com uma série de instituições, como as escolas, o Instituto de Acção Social ou a Comissão de Protecção de Crianças e Jovens. Estas encaminham por vezes os jovens para o Projecto Veredas ao mesmo tempo que, por outro lado, o Projecto vai transmitindo às instituições informações sobre os jovens junto de quem trabalha.
O Projecto Veredas faz parte da Rede Regional de Centros de Desenvolvimento e Inclusão Juvenil e, como nos explicou Glória, por ele já passaram pelo menos 150 jovens. Diariamente, as várias actividades disponibilizadas recebem entre 20 a 30 utentes. Glória salienta ainda o trabalho de apoio às famílias, que também é feito pelo Veredas.
Para motivar os jovens e mantê-los longe dos comportamentos de risco, o Veredas organiza vários ateliês, entre os quais de desporto, saúde, artes plásticas e dramáticas, entre outros. Em colaboração com a escola, o Projecto acompanha também os estudos dos jovens.
Em três anos, foi possível aos seus responsáveis criar uma relação de cumplicidade e confiança com os jovens, e também com as famílias, como refere Glória: “Os próprios pais já nos procuram para saber como estão os filhos. Há todo um relacionamento que já foi criado entre o projecto e as pessoas junto de quem ele intervém, com base na confiança, que é pena se agora se quebrar”, diz.
Com a extinção do Programa Escolhas, a única forma de garantir a continuidade do Projecto Veredas é encontrar outra fonte de financiamento. Neste momento, os responsáveis pelo projecto estão a tentar angariar apoios de modo a criar um Centro de Desenvolvimento e Inclusão Juvenil que continue o trabalho que o Veredas tem desenvolvido até agora.
Glória Neves já reuniu com a directora regional da Solidariedade e Segurança Social, Isabel Berbereia, que se terá mostrado disponível para apoiar o projecto. No entanto a Direcção regional da Solidariedade e Segurança Social não pode garantir sozinho o financiamento.
Tendo isso em conta, os responsáveis pelo Veredas estão a contactar outras direcções regionais a solicitar apoios para garantir a continuidade do trabalho do projecto em 2010.
Para assegurar o funcionamento do Veredas durante o mês de Dezembro, foi proposto um acordo de cooperação com o Instituto de Acção Social, no entanto a APADIF ainda não obteve resposta.
Também o vereador da Câmara Municipal da Horta Rui Santos foi contactado para que a autarquia colabore no sentido de se encontrar uma solução. Os responsáveis pelo Veredas deram-lhe a conhecer o plano de actividades devidamente orçamentado para 2010.
Neste momento, um dos encargos mais pesados relacionados com o Veredas é a renda do espaço ocupado. Se a autarquia disponibilizar um local para acolher o Centro de Desenvolvimento e Inclusão Juvenil, isso representaria já um passo no caminho da continuidade do trabalho desenvolvido no Faial com jovens em risco.
Para além da lacuna que o fim do Projecto Veredas deixaria na ilha em termos de apoio e acompanhamento de jovens em risco, representa ainda a extinção dos postos de trabalho para uma educadora social, dois animadores socioculturais e um monitor de informática.
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