quinta-feira, 23 de abril de 2009


Atelier de Pintura na Biblioteca Pública

Pintores de palmo e meio à descoberta da alquimia das cores

A última semana de férias da Páscoa foi especial para as cerca de 30 crianças que participaram no Atelier de Pintura conduzido por Margarida Madruga, na Biblioteca Pública e Arquivo Regional da Horta.
Foram cinco dias lançados à descoberta da magia das cores: em cada um dos dias as crianças puderam descobrir o encanto de uma cor em particular, explorando as inúmeras tonalidades que conseguiam produzir a partir dela.
Este é o terceiro atelier deste tipo promovido pela Biblioteca. Margarida Madruga disse-nos que “estes atelier's são sempre muito participados porque as crianças adoram descobrir como se fazem tantas cores usando simplesmente o vermelho, azul, amarelo, branco e preto. Com estas cinco cores faz-se tudo e é vê-los deliciados com a imensidão de tons, de cores. Eles adoram esta magia”.
Para a pintora, “trabalhar com crianças é fascinante”. “Saber que vou deixar uma sementinha de bom gosto, de capacidade de improvisar e descobrir, nestes meninos que são o nosso futuro, deixa-me feliz e realizada”, confidencia. “Já sei como eles adoram descobrir como uma “pisquinha” de cor pode alterar substancialmente outra cor; como as misturas de cores dão outras cores tão diversas. É delicioso ver as suas carinhas, as suas reacções, os seus deslumbramentos. Quero mostrar-lhes como se faz”, acrescenta.
Apesar de ser extramamente proveitoso, o trabalho com estes pintores de palmo e meio tem os seus desafios: “cada grupo tem reacções muito diversas, e preciso de descobrir qual a maneira mais interessante para os cativar”, revela Margarida.
A pintora procurou transmitir ao seu jovem grupo de trabalho um pouco da magia das cores, que funciona quase como uma “alquimia”: “basta um pouco mais de... E tudo se altera!”, explica.
Margarida Madruga confessa-nos que, para além de criar, ensinar é também uma paixão: “eu preciso de ensinar, para me sentir útil. Porque o pior que há é a inutilidade das pessoas”, diz.
Para a pintora, este tipo de experiência devia ser concedido a todas as crianças, e por isso mesmo dexa o alerta, chamando a atenção às Juntas de Freguesia, no sentido de diligenciarem que “os meninos de fora da cidade tenham também a possibilidade de aprender”. Instruir os professores da ilha sobre estes conceitos e experiências é algo que Margarida também considera importante.

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